O Triathlon Olímpico
de Caiobá já é uma prova tradicional no calendário, mas a cada ano está melhor
tanto em estrutura quanto em nível de competitividade. Parece que o triathlon
realmente perdeu aquela injusta fama de que é um esporte para superhomens e aos
poucos atletas de diferentes modalidades vão encontrando no triathlon a
diversão e a diversidade que fazem a diferença. Domingo amanheceu com cara de
poucos amigos, céu cinzento, vento e uma garoa fina.E foi bem na hora da
largada que a clima resolveu assustar pra valer, o vento soprou forte, em
rajadas e o mar ficou agitado, crespo, parecia que Netuno estava de mau humor.
Pra encarar esse marzão frio e agitado só mesmo com roupa de borracha, e pra
vestir ou tirar a roupa é preciso encontrar um jeitinho e quase sempre contar
com a ajuda de um colega, mas vale à pena além de segurar o frio ela ajuda a
flutuar.
O foco e a concentração
são fundamentais. Outro fator importante para o desempenho na prova é a
competitividade, é isso que estimula a dedicação nos treinos e olha que até nos
treinos eles acabam competindo.
E olha os corredores
migrando para o triathlon...e as assessorias , antes focadas exclusivamente em
treinamento de corrida de rua, agora apostam suas fichas no triathlon.
Mas não é só das
modalidades que formam o triathlon que têm vindo atletas.
Nesta prova foram
feitas algumas alterações, o percurso de ciclismo que antes passava longe da
praia agora ganhou algumas quadras de pedal à beira mar e agradou a todos.
Outro ponto importante do ciclismo numa prova olímpica e que já vem sendo aplicado
a algum tempo nas provas do Paraná é a proibição do vácuo. Isso significa que o
atleta não pode se beneficiar do esforço feito pelo ciclista à sua frente, protegendo-se da resistência do ar. Pedalar no
vácuo pode ser muito vantajoso, o ciclista se poupa, e neste caso quanto mais
próximo da bike do colega, melhor é o aproveitamento do vácuo, mas é aí que
está o perigo, qualquer erro pode causar acidentes graves.Além disso, sem
vácuo, o pedal é igual para todos, e é aí que se vê quem fez o dever de casa.
Depois de nadar 1500
metros num mar que não estava para peixes, pedalar forte por 40 km e correr
mais 10 km, Eduardo Lass rompe a linha de chegada com um desempenho espetacular
foram 00:16:44 na natação 01:01:20 na bike e impressionates 00:35:32 na
corrida, fechando a prova em 01:53:36 mais de 4 minutos de diferença para o
segundo colocado.
Jaqueline foi a
melhor entre as mulheres com o tempo total de 02:18:50 . E mesmo para quem vem
para disputar um lugar no pódio as condições do mar hoje surpreendeu e até
assustou.
E o triathlon tem
mesmo ficado mais forte, é nítido o crescimento a cada evento. Isso tem levado
os triatletas a se organizarem , se unirem. É o caso da Associação de Triathlon
de Curitiba que reúne 65 triatletas.
As mulheres também
estão descobrindo o triathlon, esporte que antes assutava um pouco hoje passou
a ser visto com outros olhos por elas. Vanessa Cabrini é uma das mais fortes
representantes femininas da modalidade , depois de um período afastada do
triathlon para se dedicar à maternidade, ela aos poucos vai retomando a forma
na modalidade open e para não perder o hábito, subiu mais uma vez no primeiro
lugar do pódio.
E de fora da prova,
só na torcida estava um dos representante do Brasil no mundial de duathlon,
Thiago Assad.Por conta de uma lesão no joelho Thiago está afastado do esporte,
mas não dos amigos, fez questão de assistir a prova e torcer muito.
A organização do
evento e a FPTri estão cada vez mais atentos às necessidades dos triatletas,
por isso foi montada uma equipe médica que ficou atenta e prestou todos os
atendimentos necessários.
Além de uma equipe
robusta de árbitros a atuação do diretor técnico da federação é um grande
reforço, é importante que a prova seja justa para todos mesmo que para isso
seja preciso penalizar um amigo.
Sempre de bom humor ,
trabalhando duro e preocupado com a integridade de cada atleta, Luiz Iran é uma
figura querida por todos. E é com este trabalho sério e comprometido que ele
vem, através da Triativa Eventos e da Federação Paranaense de Triathlon,
conseguindo fazer o triathlon paranaense se estabelecer em bases sólidas.
O Sporttime mais uma
vez registrou cada emoção do triathlon, do começo ao fim, e olha que foram
muitas demonstrações de superação, muita garra. Parabéns para quem sentiu medo
do mar e enfrentou, parabéns para quem caiu e continuou, parabéns para quem
chegou em primeiro e parabéns para quem chegou por último, parabéns para quem
tentou e desta vez não conseguiu, porque é com o exemplo de cada um que a gente
acredita que é possível ir sempre além dos limites.
Em seguida Agenda de eventos Assessocor.
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