domingo, 26 de maio de 2013

UM PARANAENSE CORRENDO NA PATAGÔNIA



A maior parte dos corredores se limita às provas urbanas com 5 e 10 km, alguns podem correm meias maratonas e maratonas, mas tem aqueles que não se satisfazem com tão pouco e correm provas de 100 km. Eu conversei com um destes loucos por corrida, o Francisco, que além de escolher correr 100 km optou pela duríssima Patagônia Run , que aconteceu dia 13 de abril em San Martin de Los Andes na Argentina. Uma prova para poucos, uma combinação de trilhas de montanha com inclinações, diferentes graus de desnível, planícies , vales e áreas protegidas do bosque patagônico. Para enfrentar este desafio , o atleta precisou de um treinamento muito especial.
E não são apenas os treinos orientados por um professor de educação física especializado , quem se aventura numa prova deste nível precisa ter um acompanhamento multidisciplinar com médico, fisioterapeuta e nutricionista. Cada detalhes é importante para que o corpo supere seus limites sem gerar prejuízos . E é bom ressaltar que somado a isso tudo o atleta deve prepara também o bolso.
Frio, medo, dores e sono... É preciso se  manter alerta , saber reconhecer seus limites e até mesmo saber cair quando for preciso. O sofrimento é recompensado pelo caminho com a lindíssima paisagem da região, que fica ao sul da Argentina, mas isso só depois de cerca de 8 horas correndo na total escuridão das montanhas.
A solidão do corredor numa corrida longa é enorme, o esforço é quase sobre-humano,sem um excelente preparo físico e psicológico não dá pra encarar esta aventura.
Cruzar a linha de chegada de uma prova destas é uma conquista sem igual para um corredor. Francisco conseguiu vencer este desafio, mas seu espírito aventureiro já sinaliza a vontade de programar a próxima, ainda mais se a paisagem for assim tão linda.

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