A
maior parte dos corredores se limita às provas urbanas com 5 e 10 km, alguns podem
correm meias maratonas e maratonas, mas tem aqueles que não se satisfazem com
tão pouco e correm provas de 100 km. Eu conversei com um destes loucos por
corrida, o Francisco, que além de escolher correr 100 km optou pela duríssima
Patagônia Run , que aconteceu dia 13 de abril em San Martin de Los Andes na
Argentina. Uma prova para poucos, uma combinação de trilhas de montanha com
inclinações, diferentes graus de desnível, planícies , vales e áreas protegidas
do bosque patagônico. Para enfrentar este desafio , o atleta precisou de um
treinamento muito especial.
E
não são apenas os treinos orientados por um professor de educação física
especializado , quem se aventura numa prova deste nível precisa ter um
acompanhamento multidisciplinar com médico, fisioterapeuta e nutricionista.
Cada detalhes é importante para que o corpo supere seus limites sem gerar prejuízos
. E é bom ressaltar que somado a isso tudo o atleta deve prepara também o
bolso.
Frio,
medo, dores e sono... É preciso se
manter alerta , saber reconhecer seus limites e até mesmo saber cair
quando for preciso. O sofrimento é recompensado pelo caminho com a lindíssima
paisagem da região, que fica ao sul da Argentina, mas isso só depois de cerca
de 8 horas correndo na total escuridão das montanhas.
A
solidão do corredor numa corrida longa é enorme, o esforço é quase sobre-humano,sem
um excelente preparo físico e psicológico não dá pra encarar esta aventura.
Cruzar
a linha de chegada de uma prova destas é uma conquista sem igual para um
corredor. Francisco conseguiu vencer este desafio, mas seu espírito aventureiro
já sinaliza a vontade de programar a próxima, ainda mais se a paisagem for
assim tão linda.
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